Você sabe qual o modelo de negócio para farmácia mais vantajoso para os seus planos?
Sem dúvida, uma das decisões mais importantes de todo empreendedor é qual modelo de negócio seguir.
Essa decisão é fundamental porque a estratégia macro ditará toda a estrutura de atuação, tendo relação direta com o sucesso do seu negócio.
Após esse passo, escolher entre os modelos de negócio para farmácias é a segunda grande decisão que o empreendedor deve tomar.
Pois é a partir dela que se tem o direcional de como transformar o modelo de negócio em resultados.
Os 7 modelos farmacêuticos que abordaremos aqui são diferentes entre si, e cada um deles possui diversas particularidades, bem como suas vantagens e desvantagens.
Aqui, você encontrará o conhecimento necessário para montar e fazer crescer uma farmácia de alto potencial.
Mas, antes disso, para ajudar a decidir qual é o melhor modelo de farmácia, é preciso entender os modelos de negócios e outros conceitos fundamentais.
Conheça-os melhor a seguir!
Os 3 principais modelos de negócio
Como falamos anteriormente, de um modo simplificado, o modelo de negócio é a pedra fundamental que rege a estruturação da sua empresa.
É ele que dita o que é o negócio, o que ele faz, como ele desenvolve e entrega seu valor para seus clientes.
Além disso, outro ponto importantíssimo é que essa definição estratégica somada à escolha do modelo de negócio para farmácia trará a vantagem competitiva que o tornará vitorioso no mercado frente aos seus concorrentes.
Segundo o Instituto de Ciência, Tecnologia e Qualidade (ICTQ), existem 3 principais modelos de negócio. Vamos nos ater a eles para que você os domine com mais facilidade:
Mercantilista
Neste modelo, é preciso conhecer muito bem o seu cliente, assim como seu comportamento, necessidades e razões da compra.
Esses pontos são cruciais para realizar uma estratégia e oferta de produtos direcionada ao seu público-alvo.
Isso porque a principal característica deste modelo é ser voltado para a valorização de um mix de produtos diversificados, como a venda de itens não ligados somente à saúde — e essa pode ser considerada uma vantagem competitiva para quem o escolhe.
Podendo ser considerado uma tendência de mercado ou não, o modelo Mercantilista se envolve na polêmica de oferecer produtos considerados “extra convencionais” para organizações farmacêuticas.
Por isso é importante atentar-se à Lei nº 13.021/14, que define categoricamente o que é farmácia e o que se pode oferecer dentro dela:
Art. 3º – A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, oficinais, farmacopeicos ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos.
Como podemos observar, o modelo Mercantilista se vale da última linha do artigo que fala sobre autorização de venda de “produtos correlatos”.
Ademais, há a Instrução Normativa (IN) nº 09/2009, publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que esclarece os demais artigos permitidos:
“É permitida, às farmácias e drogarias, a comercialização de medicamentos, plantas medicinais, drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal, produtos médicos e para diagnóstico in vitro.”
Embora o objetivo não seja entrarmos o campo das críticas, devemos apresentar também as desvantagens do modelo para deixar o assunto o mais claro possível.
Segundo o especialista Leonardo Doro Pires (professor do ICTQ e autor do livro Gestão Estratégica para Farmacêuticos), as farmácias consideradas mercantilistas e, principalmente as que não seguem a lei supracitada, “prestam um desserviço para a população”.
E, ainda, “as barreiras regulatórias não existem por acaso, e infringi-las pode colocar o paciente em risco”, declara o artigo do ICTQ.
Em contrapartida, esse modelo Mercantilista viabilizou o surgimento das intituladas megastores, que ofertam a expansão do portfólio de produtos para além dos artigos de medicamentos, higiene, limpeza, perfumaria e produtos de conveniência.
Esta expansão de atuação trouxe faturamentos mensais expressivos para grandes players do mercado.
Legalista
Como o próprio nome sugere, legalista está ligado à ideia de um modelo onde se pugna pela legalidade, de estar dentro de todas as conformidades especificadas pela lei.
Para esse molde, todas as diretrizes legais ajudam a manter o foco bem definido para a atividade comercial do estabelecimento.
Obviamente, estar dentro da lei tem inúmeras vantagens.
Entre as mais significativas delas está a imagem de consistência com seus stakeholders (principalmente acionistas, colaboradores e público-alvo), pois fortalece a transparência e a solidez do negócio.
Assim, a sua marca se vale de um modelo mais sustentável a longo prazo, pois está garantida ao respaldo legal de atividade sanitária e atende todos os aspectos da lei.
Credibilidade na praça e segurança para todos (principalmente para a população) são premissas inegociáveis para quem quer seguir esse modelo.
Imaginário
Este modelo é o mais conservador dos três.
O Imaginário defende a farmácia como um estabelecimento de saúde puramente dito e sem outros fins que não este.
Para as farmácias que seguem esse molde, não cabe a comercialização de produtos de conveniência (inclusive para os que são especificados na lei).
Ainda conforme a Sociedade Brasileira de Farmacêuticos e Farmácias Comunitárias (SBFFC), “a verdadeira vocação da farmácia é a de ser um estabelecimento prestador de serviços farmacêuticos e não mais um mero ponto de dispensação”.
Mas se por um lado o modelo obedece a todos os requisitos legais para melhor atender sua clientela, por outro pode parecer um padrão um tanto utópico.
Nele, prevalece o idealismo de um modelo cujos princípios rigorosos podem restringir bastante seu público por conta da oferta de produtos extremamente específicos.
Além disso, para o Imaginário se faz regra a presença integral de farmacêuticos em todos os atendimentos, além de defenderem a lei de zoneamento de farmácias, porém não há registro da mesma no Brasil até o momento.
7 principais modelos de negócio para farmácias e o que você deve saber sobre eles
O Brasil enfrenta mudanças que vêm ocorrendo no mercado em geral, e com o setor farmacêutico não é diferente.
Dentro desse cenário, é importante considerar alguns fatores elencados pelo SEBRAE, como:
- a demanda crescente no Brasil para o mercado de remédios;
- o potencial de consumo das classes C e D;
- a facilidade de acesso a softwares de gestão de drogarias;
- o envelhecimento da população brasileira;
- e a possibilidade de expansão do portfólio de produtos para artigos de higiene, limpeza, perfumaria e produtos de conveniência.
Observando esses pontos e após aprender sobre as 3 estratégias macro que explicamos anteriormente, agora é hora de conhecer os 7 principais modelos de negócios para farmácias.
Vamos lá?
1. Farmácia de Rede
Com inovação empreendedora, as farmácias da rede varejista de produtos farmacêuticos são as mais conhecidas no âmbito popular por serem mais que uma empresa de serviços relacionados à saúde.
A estratégia de uma farmácia de rede é diversa e pode variar desde apostar no diferencial de suas inúmeras filiais, seja por sua localização, por oferecer preços mais atrativos ou por trazer diversidade e exclusividade para o seu mix de produtos.
Para trazer um case de muito sucesso, podemos citar a rede Raia Drogasil que está no sétimo lugar de empresas que mais faturaram no Brasil, conforme o Ranking Ibevar-FIA 2020.
Panvel, Clamed e Farmácias Pague Menos são outros exemplares de redes bem sucedidas no território brasileiro.
2. Farmácia de Manipulação
Conforme a Lei nº 13.021/14 as farmácias são catalogadas de duas formas apenas.
Parágrafo único. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como:
I. Farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais;
II. Farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica.
Este modelo de negócio para farmácia atende a uma necessidade especial de medicamentos.
Podemos considerá-los artesanais pelo seu método de produção e, na maioria das vezes, são formulações feitas sob demanda para cada cliente em específico.
Seu diferencial se dá pelo rigoroso processo de qualidade, promovendo uma relação de fidelização com o cliente ao adquirir produtos com garantia de qualidade, segurança e eficácia.
Um grande mérito desse modelo, como conta Soraia Moura, diretora da Nature Derme, para o ICTQ, é que o modelo de negócio em manipulação no Brasil é o mais desenvolvido e regulamentado do mundo.
Com sede de expansão, as maiores desvantagens do modelo são a necessidade de alto investimento, carência de profissionais qualificados e alta taxa de tributação.
Apesar disso, o modelo de negócio para farmácia de manipulação está cada vez mais aquecido e a demanda por seus serviços tem aumentado ano após ano.
3. Franquia de drogarias
O modelo de franquia de drogarias é um grande atrativo para quem está em busca de melhores oportunidades de negócios.
Esta pode ser uma opção interessante para quem está querendo adentrar ao setor de farmácias, mas é preciso ter um cuidado especial.
Ainda conforme a legislação (13.021/2014), faz-se obrigatório que a farmácia tenha em sua equipe um profissional farmacêutico habilitado e registrado no Conselho Federal de Farmácia (CFF) para realizar os atendimentos.
Portanto, caso você não possua a formação na área farmacêutica, será imprescindível buscar um parceiro da área para te ajudar nesta empreitada.
Cada franquia apresenta uma proposta de negociação, e é comum ter o oferecimento de programas de consultoria e suporte da empresa matriz para os franqueados.
Para ser um franqueado nesse modelo de negócio para farmácia, busca-se empreendedores com habilidades de comunicação e relacionamento interpessoal, capacidade de liderança e espírito empreendedor.
Muitas franqueadoras também declaram ser desejável ter experiência em Administração de empresas e/ou Farmácia.
4. Franquia de farmácia magistral
A farmácia magistral se assemelha com a farmácia de manipulação por ser um estabelecimento farmacêutico responsável pela manipulação de medicamentos mediante fórmulas prescritas individualizadamente.
O CFF regulamenta as atribuições e competências do farmacêutico na farmácia magistral através da Resolução nº 467 de 28 de novembro de 2007.
Compete ao farmacêutico na farmácia com manipulação magistral:
Ser responsável por todo o processo de manipulação magistral e pela garantia da qualidade de seus produtos;
Exercer sua profissão de forma articulada ao contexto social, com total autonomia técnico-científica, respeitando os princípios éticos que norteiam a profissão;
Decidir pela manipulação, dispensação e comercialização de medicamentos de uso contínuo e de outros produtos farmacêuticos magistrais, dentre outras;
A semelhança com a farmácia de manipulação não para por aqui.
Também se exige altos investimentos e mão-de-obra especializada para operar o negócio.
Vale lembrar que é responsabilidade daquele que atua na área magistral assegurar a segurança de manipulação dos produtos quanto à análise, acompanhamento, verificação e registro de todos seus processos até a entrega ao paciente.
5. Associativismo de farmácias e drogarias
O associativismo como modelo de farmácias e drogarias é caracterizado geralmente por um agrupamento de empresários independentes (em sua maioria de menor porte) e de organizações familiares.
O objetivo é sempre fortalecer o coletivo. Por isso, visa-se buscar soluções e ações estratégicas de forma que todos dentro dessa aliança possam se beneficiar.
Conforme o ICTQ, a principal vantagem do associativismo é o maior poder de negociação junto a fornecedores, para alcançar melhores condições comerciais.
Assim, aumentam-se as chances de sobrevivências dos que juntos desfrutam dessa aliança — principalmente dos pequenos negócios.
Entre as maiores desvantagens está a regulamentação específica destas associações, que pode limitar sua ação em determinadas operações.
6. Farmácias independentes
Esse modelo é mais comum em pequenas cidades, onde a oferta das grandes varejistas ainda não alcança presencialmente.
Ainda assim, é possível ver algumas raridades em grandes centros urbanos também!
Ele costuma ser o mais arriscado de todos, devido à ameaça de grandes corporações e por ser mais difícil de conquistar a clientela.
Mas com uma boa estratégia de marketing e atendimento, é possível sobreviver em meio a concorrência — é o que mostra o mercado farmacêutico atual.
A grande vantagem do modelo é o atendimento humanizado. Aqui, o foco é a saúde do consumidor.
Além da qualidade técnica, há uma valorização da qualidade do relacionamento, como o acompanhamento próximo e zeloso de seus clientes.
Isso é o que, na maioria das vezes, fideliza o seu público e o que torna as farmácias independentes verdadeiros exemplos de resistência em meio à competitividade do mercado farmacêutico atual.
Entre a maior desvantagem deste modelo de farmácia, é importante salientar que o modelo de farmácias online também expandiu nos últimos tempos com preços e outras vantagens competitivas, tornando-se uma verdadeira ameaça para as farmácias independentes.
Para quem pensa em escolher esse modelo, é importante descobrir quais são as principais demandas da região onde quer atuar e investir e ter ações estratégicas para atrair clientes tanto em canais offline quanto nos online.
A estratégia mais adequada para quem tem ou pensa ter uma farmácia independente é unir-se às farmácias online, que, atualmente, compõem apenas 3% do mercado nacional.
7. Farmácia online
Por último, mas não menos importante, chegamos à farmácia online.
Ofertando uma grande gama de produtos a um clique de distância, o modelo de farmácia online ganhou uma fatia considerável do mercado após a pandemia.
A transformação digital de pequenos empreendedores e grandes varejistas foi inevitável nesse período e tivemos que nos adaptar a essa nova fase.
Nós sabemos que deliveries de todos os segmentos aumentaram e no setor farmacêutico não foi diferente.
Inclusive, em um cenário onde se fez necessário evitar o contato físico, pedir medicamentos na segurança de casa foi um alívio para muita gente.
Considerada uma grande tendência, este é, sem dúvida, um dos modelos de farmácia que mais crescem no Brasil.
Praticidade, comodidade e conforto são algumas das palavras que definem as farmácias online para seu público.
Entre as desvantagens para quem pensa em empreender neste modelo de negócio para farmácia, podemos citar a dificuldade para cadastrar cada item da farmácia e a dificuldade de gerar vendas.
Uma ótima solução para esses problemas, que são facilmente contornáveis, é a MyPharma.
Somos uma plataforma de lojas virtuais para farmácias que dribla todas essas dificuldades.
Isso porque temos mais de 40 mil itens cadastrados, eliminando a necessidade de cadastrar item a item, e ações de marketing digital e estratégias de SEO local para atrair seus consumidores através dos canais digitais.
Conclusão
Independentemente do modelo escolhido, a farmácia online é sempre um complemento que pode ser usado para promover o seu ticket médio e o seu faturamento.
Se você considera abrir a sua farmácia digital, saiba que é muito importante buscar uma plataforma de conceito, qualidade e que promova a boa gestão da farmácia ou drogaria para atuar no meio online.
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Além de sermos especialistas quando o assunto é abrir uma farmácia online, trabalhamos constantemente para que nossos parceiros tenham muito sucesso em todas as fases do seu negócio.
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