Os não medicamentos e seus impactos no mercado farmacêutico

Entenda o que são os não medicamentos, os potenciais de compra e conheça dados inéditos desses itens no mercado.

Não é novidade que, de alguns anos pra cá, o conceito de farmácia deixou de ser o lugar onde encontramos apenas medicamentos.

Com a expansão do seu ambiente e apostando em seu maior potencial, as farmácias se transformaram em um espaço com uma variedade de produtos que vão além da saúde.

Assim, os chamados não medicamentos ganharam espaços vindos dos setores de beleza, perfumaria, bem-estar, higiene pessoal e até mesmo prazer.

Mas além do cuidado com a saúde, como as pessoas estão se relacionando com esses produtos dentro do ambiente da farmácia?

Quais os novos desafios e como sua marca pode aumentar o potencial de faturamento com esses itens? Descubra alguns dos caminhos aqui!

Não medicamentos em farmácias e seu potencial de compra

Sabia que os não medicamentos escondem o verdadeiro potencial da sua farmácia?

O comércio farmacêutico está situado entre um dos maiores do mundo e, com ele, atrai enormes investimentos e concorrência. 

Percebe-se, então, que os não medicamentos são verdadeiros estímulos para aumentar a vantagem competitiva. 

 

No livro A Influência das Técnicas de Merchandising no Comportamento de Compra do Consumidor, os especialistas em comportamento do consumidor, Ribas e Noro, revelam que 

a sua pulverização trouxe aos agentes de varejo do mercado brasileiro a identificação da necessidade de agir por meio da diferenciação para atrair clientes.

 

De acordo com uma pesquisa do IBGE, gastos com medicamentos representaram quase 30% das despesas das famílias brasileiras em 2019, alcançando R$ 103,5 bilhões, ou 29,9% do total dessas despesas.

Para a pesquisadora do IBGE Thassia Gazé Holguin, 

em momento de aperto financeiro, as famílias procuram primeiro cortar em outras áreas, para se necessário, por fim, chegar aos gastos com saúde.

 

Se por um lado vemos que os medicamentos representam uma grande fatia de consumo da população brasileira, por outro precisamos observar alguns fatos importantes sobre os não medicamentos.

Segundo pesquisa do Datafolha/ICTQ, apenas 16% dos consumidores veem farmácias como ambientes de saúde e 74% já consideram esses estabelecimentos na hora de realizar compras de não medicamentos.

É possível concluir, então, que a farmácia ganha novo significado para seus clientes, deixando de ser vista como um ambiente ligado apenas à compra de remédios.

Além disso, verifica-se que a maior parte dos consumidores já assimilou esse estabelecimento com a compra de não medicamentos. Isso significa uma vantagem muito positiva e grande para o potencial de compra desses itens. 

Portanto, é uma boa estratégia fortalecer ainda mais o posicionamento das farmácias de não medicamentos por ser crescente essa conexão que os consumidores e a sociedade estão fazendo.

 

Analisando todo esse cenário, é importante avaliar cada vez mais o comportamento dos consumidores nas farmácias e drogarias. 

Assim, você entenderá esses pontos ao decorrer desse artigo. 

Mas, antes de entrarmos em alguns conceitos fundamentais, pensemos:

O que realmente são esses “não medicamentos”? 

Descubra a seguir!

   

O que são os não medicamentos?

Para entendermos o que são os não medicamentos, antes, é preciso saber o que a Anvisa esclarece sobre os artigos que podem ser vendidos em farmácias:

É permitida, às farmácias e drogarias, a comercialização de medicamentos, plantas medicinais, drogas vegetais, cosméticos, perfumes, produtos de higiene pessoal, produtos médicos e para diagnóstico in vitro.

E a Agência continua, mas agora com os alimentos que podem ser vendidos nas farmácias:

Alimentos com comercialização permitida pela Anvisa são aqueles destinados a fins especiais, tais como: alimentos para dietas com restrição ou ingestão controlada de nutrientes, alimentos para grupos populacionais específicos (lactentes, crianças, gestantes, idosos), alguns suplementos alimentares, substâncias bioativas com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde, probióticos com alegações de propriedades funcionais e/ou de saúde, alimentos com alegações de propriedade funcional e/ou de saúde e novos alimentos, alimentos apresentados em formas não convencionais tais como comprimidos, tabletes, drágeas, cápsulas, sachês ou similares.

É permitida ainda, a comercialização de chás, mel, própolis e geleia real, desde que regularizados nos órgãos sanitários de âmbito federal, estadual ou municipal.

Os trechos acima podem ser consultados na Instrução Normativa (IN) nº 09/2009.

 

Esses produtos configuram o que chamamos “conveniência” e suas vendas podem aumentar e muito o faturamento da sua farmácia.

No entanto, como falamos em outro artigo aqui no blog, a exposição e comercialização de mercadorias não permitidas pode ser considerada uma infração gravíssima. 

Portanto, fica o alerta: é preciso ter cuidado para não cair na irregularidade. 

Quer saber que artigo é esse? Então clique no botão abaixo:

   

E se quiser baixar a lista de produtos de conveniência que podem ser vendidos em farmácia, basta preencher o formulário abaixo:

 

Dados inéditos sobre os não medicamentos para o mercado farmacêutico

Em um evento de debate sobre mercado farmacêutico na América Latina, Close-Up International apresentou dados inéditos que validam a crescente relevância dos não medicamentos para o setor.

 

O diretor corporativo da Close  Up, Jorge Guzman, compartilha da opinião de que 

É preciso entender que a competição existe, mas mesmo assim se mostra necessária a união das farmácias para se fortalecerem e se prepararem, pois o mercado latino-americano tem projeções de grande crescimento para o próximo ano.

O primeiro grande número que a Close Up trouxe é uma revelação impressionante sobre os não medicamentos. 

 

Segundo Paulo Paiva, vice-presidente Latam da Close-Up, 

esse conjunto de produtos já superou 30% das vendas em todos os nichos de farmácias.

 

Analisando dados de agosto de 2020 a agosto de 2021, foi registrado R$ 31,7 bilhões em vendas de itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos (HPC); alimentos e bebidas; e em outras categorias.

Assim, o avanço no faturamento foi da ordem de 19,3%.

 

E Paiva completa: 

São itens que podem contar com atuação de mídia e promoção de forma irrestrita, além de estarem muito atrelados a compras por impulso na farmácia, o que proporciona boas margens.

 

Sobre o ranking dos principais players do segmento de não medicamentos comercializados na farmácia, a liderança é da L’Oréal, com 24,9% de crescimento; seguido da Procter & Gamble (P&G), com 21,1%.

Em relação ao crescimento considerando o comparativo do ano anterior, a Nestlé garante liderança no pódio, com 25,3%. 

Johnson & Johnson, Unilever, Kimberly-Clark, Danone e Colgate-Palmolive são algumas das outras marcas que ocupam o top 10 desse ranking. 

Veja o demonstrativo da pesquisa na íntegra.

 

A relação não medicamentos no e-commerce e lojas físicas

Se os benefícios de uma farmácia física que comercializa não medicamentos no seu PDV são muitos, uma farmácia online pode ter resultados ainda mais interessantes. 

Como o consumidor enxerga a farmácia para além de um destino de saúde, apresentar-lhe um mix de produtos variados pode aumentar a taxa de fidelização e atrair valiosos clientes para as lojas. 

Lembre-se que, como demonstrado anteriormente, as pessoas não pensam em farmácias só  para comprar remédios, mas também produtos de beleza, de higiene pessoal e, até mesmo, alguns alimentos.

 

Um exemplo prático: 

Cada vez mais os consumidores buscam uma alimentação mais saudável e os empreendedores aumentam sua seleção de suplementos alimentares, chás e barrinhas de cereal.

Com isso, as farmácias se tornam uma extensão natural da procura por esses itens, e não apenas um lugar para vender medicamentos.

 

É por isso que os varejistas estão trabalhando para aumentar a visibilidade de suas farmácias com ofertas de diversos outros produtos. 

Na loja física, os farmacêuticos e atendentes desempenham uma importante função no atendimento aos clientes, oferecendo opções não medicamentosas, como mudanças no estilo de vida ou ajudando a escolher itens de conveniência. 

A disposição da loja, principalmente em relação ao checkout, também aumenta a compra por impulso. 

Não é à toa que balas, chicletes e vitaminas ficam próximos do guichê de pagamento, por exemplo. 

 

De qualquer forma, não se esqueça de usar a planta da farmácia para ajudá-lo a determinar como posicionar os produtos relacionados para obter o maior impacto nas suas próximas vendas.

Todas essas estratégias de ponto de venda da farmácia aumentarão a capacidade do estabelecimento em fornecer praticidade e variedade. Tudo de modo mais eficaz e contemplando as necessidades de seus clientes.

Assim, o foco vira a experiência do cliente. Ou seja, aumento de taxa de retenção e fidelização.

   

Saber como os produtos se relacionam pode ajudar sua farmácia a aumentar as vendas no varejo online

Voltando ao ambiente digital, os itens que não são medicamentos e que são liberados para venda em farmácias e drogarias podem ser vendidos livremente no e-commerce.

Assim, como já mencionamos, essa é uma ótima oportunidade de aumentar o ticket médio e o faturamento da farmácia. 

 

O estudo CVA Varejo Drogarias 2021, realizado em março deste ano, revela que “os brasileiros ficaram mais atentos à saúde e as drogarias reforçaram seus serviços, atendimento via e-commerce e mais“, diz Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions.

Reforçar serviços pode ser a implementação de produtos relacionados no e-commerce ou ter um atendimento personalizado para seus clientes via chat.

 

Quer exemplos?

As pessoas que procuram um protetor solar para o rosto também podem precisar de um lip balm com fator solar.

Os clientes com resfriado podem buscar um antitérmico e acabar lembrando que precisam de uma caixa de lenços de papel.

Portanto, uma boa dica é exibir produtos relacionados lado a lado para que os clientes possam encontrar facilmente o que procuram. 

 

Ainda conforme o estudo mencionado, o isolamento social foi uma das principais causas da aceleração dos serviços online das drogarias

25,9% dos entrevistados afirmaram fazer compras online. Em 2019, esse percentual era de 21,4%. 

A região que mais tem aderência ao serviço online de farmácias é a Grande São Paulo, onde 47,4% costumam comprar medicamentos pela internet. 

Já na região Norte do país, somente 12% dos consumidores têm esse costume.

E vale lembrar que esses números são totalmente influenciados pela disponibilização do serviço nessas regiões. Afinal, nem sempre a oferta precisa de demanda.

No caso das farmácias online, é a oferta que cria a demanda!

 

Cimatti declara ainda que:

Isto mostra um potencial enorme de expansão para as drogarias que pretendem ampliar sua gama de clientes, oferecer comodidade e melhorar a percepção de marca.

   

Seja online ou presencial, tudo começa e termina com a experiência do cliente 

Oferecer um serviço verdadeiramente excepcional é um dos modos mais inteligentes de aumentar as vendas de mercadorias em sua farmácia, sejam eles medicamentos ou não.

 

Mas um bom empreendedor sempre deve perguntar-se:

“Podemos fazer algo para melhorar sua experiência de compra dos nossos clientes? 

Se a resposta for “sim”, o que seria esse “algo”? E como ele poderia ser realizado?

 

As pessoas adoram ser ouvidas. E o feedback dos seus clientes é exatamente o que sua equipe precisa para fazer as melhorias necessárias.

Seu time de colaboradores é a chave para esta estratégia. 

Uma boa saída é treiná-los para construir relacionamentos com os clientes e fazer sugestões de produtos relevantes com base no que os pacientes estão pegando e abrindo.

Assim, a compra evolui para o up selling, uma estratégia de venda que consiste no(a) vendedor(a) convidar o cliente a comprar outros itens, atualizações ou complementos mais caros para gerar mais receita.

 

Na tradução direta, podemos constatar o up sell como a venda cruzada. 

Por isso, é muito importante atentar-se aos limites dessa prática para não cair em atividades ilegais como a venda casada e a empurroterapia.

Quer se proteger disso? 

Então acesse esta discussão e leia o tópico “Promova a venda cruzada”.

 

É válido lembrar, também, que isso funciona para qualquer produto que você vende em sua farmácia.

Já no digital, a recomendação de produtos pode vir no checkout ou até mesmo no carrinho de compras, de forma automatizada e estratégica.

Para mais dicas, recomendamos que você confira o nosso guia de checkout, que fornece recomendações específicas para aumentar seu ticket médio.

   

Dica bônus e a mais importante

Se você está pensando em incrementar seu estoque com novos produtos não medicamentosos, tenha atenção.

Só porque você gosta de um determinado produto não significa que todo mundo também goste dele.

Não confie apenas na sua intuição para descobrir as melhores maneiras de aumentar suas vendas.

Pesquise e compile dados para ajudar a determinar quais os não medicamentos estão em alta e podem ajudar a crescer seu faturamento.

   

Conclusão

Ao longo deste artigo, compreendemos que uma farmácia pode ser muito mais do que apenas um local para vender remédios e artigos de saúde. 

Sabemos que a farmácia se tornou um lugar onde as pessoas podem encontrar produtos de conveniência, suplementos, alimentos, perfumaria e outros itens domésticos. 

Conhecer e aplicar as estratégias mais eficazes de aumentar as vendas desses itens certamente compensará com um resultado financeiro saudável para sua farmácia, seja ela online ou não, de pequeno ou grande porte.

Esperamos que você tenha sucesso aplicando nossas dicas. 

 

E se você quiser faturar muito mais aplicando essas estratégias no digital, pode contar com a MyPharma!

Somos a única plataforma de e-commerce 100% dedicada a farmácias.

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Assim, seus colaboradores só precisam atender aos pedidos, sem precisar oferecer um atendimento específico para cada pessoa que visita sua loja virtual. 

Sua farmácia online rapidamente ativada para aumentar o faturamento e o ticket médio do seu negócio. 

 

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