Uma ferramenta relativamente simples, mas que pode trazer bons resultados à sua empresa, é o organograma de farmácia.
Muitos gestores e proprietários de farmácias, especialmente naquelas de pequeno porte, subestimam essa ferramenta e as vantagens que podem obter com ela.
Mas não à toa os organogramas são amplamente utilizados, não apenas por empresas comerciais e industriais, como também nos mais diversos tipos de organizações coletivas.
Portanto, vale a pena aprofundar-se um pouco mais sobre esse recurso, entender suas vantagens e aplicá-lo da maneira mais adequada ao seu negócio!
Entenda agora o que é e para que serve o organograma farmacêutico, além de como elaborar o seu.
O que é um organograma de farmácia?
O organograma de farmácia é uma representação visual dos graus hierárquicos de sua empresa, além das relações entre as funções e cargos que ela possui.
Inclusive, os organogramas costumam ser chamados também de gráficos hierárquicos.
Utilizado pela primeira vez no meio empresarial em meados do século XIX, o organograma segue uma estrutura que já era bastante conhecida nas árvores genealógicas.
Hoje, esse tipo de representação visual é utilizado pelas mais diversas organizações coletivas, como associações ou equipes esportivas, sempre com o nome de organograma.
Ele traz diversas vantagens, como detalharemos a seguir, devendo ser do conhecimento de toda a sua equipe de trabalho.
Porém, não há necessidade de expor seu organograma ao público, sendo mais adequado fixá-lo em ambientes frequentados apenas por seus funcionários.
Importância e vantagens de fazer um organograma
A principal função do organograma é ilustrar a cadeia hierárquica da empresa e como os cargos e funções se relacionam entre si.
Isso representa uma otimização na organização da farmácia, enquanto estabelece quem são os líderes e a quem cada funcionário deve responder diretamente.
Assim, melhora-se a comunicação dentro da equipe e diminui-se o risco da ineficiência dos trabalhos desempenhados por alguém atuando fora de suas funções.
Nesse sentido, o organograma acaba melhorando a produtividade em sua empresa, além de engajar mais rapidamente os funcionários novos.
Tipos de organograma
A representação visual do organograma pode ser feita de várias formas, cada uma delas com suas vantagens e desvantagens.
O tipo mais comum é o organograma vertical, também conhecido como organograma clássico, e que é mais facilmente encontrado em todos os tipos de empresas.
Porém, por diversos motivos, você pode preferir outro tipo de organograma, daí a necessidade de conhecer os diferentes modelos que podem ser utilizados.
Confira a seguir os modelos mais comuns e conheça as suas principais características, aplicações, vantagens e desvantagens.
Vertical
O organograma vertical apresenta de forma mais direta e compreensível a escala hierárquica em uma empresa.
Estruturado em forma de pirâmide, ele coloca no topo o presidente da empresa e abaixo dele os diretores ou chefes de setor, seguidos de seus subordinados diretos.
Assim, na base da pirâmide ficam os funcionários com menor autoridade, cada um ligado ao seu superior imediato.
Esse tipo de organograma pode apresentar informações específicas, como veremos a seguir, mas geralmente, em cada quadro, há uma pessoa associada a um cargo.
A desvantagem desse modelo é que ele pode transmitir uma ideia de rigidez hierárquica, fazendo com que os da base da pirâmide se sintam desvalorizados.
Funcional
O organograma funcional se estrutura exatamente como o vertical, mas nesse caso, as pessoas são identificadas por sua função e não pelo cargo.
Naturalmente, os cargos de liderança são identificados, mas descrevendo-se as suas funções de organização ou delegação de atividades, em vez de usar termos como “gerente”.
Isso desvia o foco das relações hierárquicas e de poder, apresentando uma descrição mais neutra do “lugar de cada um” em relação aos outros.
E dessa forma, é possível evitar sentimentos de inferioridade por parte dos que estão mais abaixo na pirâmide.
Além disso, permite compreender melhor a interdependência das funções e reforçar a importância do trabalho em equipe.
Linear de responsabilidade
Também chamado de responsograma, o organograma de responsabilidade se estrutura como os apresentados acima, trazendo descrições mais detalhadas das responsabilidades de cada pessoa.
Assim, é possível verificar as atividades desenvolvidas por cada membro da equipe, e exatamente quais assuntos são da responsabilidade de cada um.
Além das responsabilidades e atividades, um responsograma completo pode incluir também informações como requisitos exigidos ou preparo técnico do colaborador.
Isso dá uma visão abrangente de como o trabalho se divide na empresa, além de ter um caráter organizador que se aproxima muito do POP.
E assim como o organograma funcional, ameniza o aspecto hierárquico no sentido de status ou poder e demonstra a complexidade do trabalho conjunto.
Horizontal
O organograma horizontal pode ser exatamente igual ao vertical, sendo apenas colocado na posição horizontal.
Geralmente, porém, ele é utilizado em empresas menores e mais colaborativas, como startups, onde há menos níveis hierárquicos.
Assim, normalmente, traz apenas o nome do presidente da empresa e, como subordinados, todos os outros colaboradores, atuando em conjunto e sem relações de poder.
É difícil imaginar como uma organização assim poderia existir em uma farmácia, onde o papel do farmacêutico se destaca em relação aos outros devido à sua responsabilidade técnica.
Por outro lado, é a organização ideal para promover um trabalho realmente colaborativo e a valorização individual de todos os funcionários.
Vale destacar, porém, que não adianta usar este ou qualquer organograma em ambientes que não se organizem conforme a representação feita por ele!
Radial
O organograma radial, também chamado organograma circular, estrutura-se a partir de círculos ao redor de um círculo central, onde está o presidente da empresa.
Em empresas maiores, esse modelo torna mais difícil identificar os cargos de nível equivalente, por exemplo, os diretores de setores subordinados apenas ao CEO.
Uma alternativa, neste caso, é usar cores.
Assim, digamos, usa-se branco no círculo central (presidente), vermelho nos círculos ligados a ele (diretores), azul nos ligados aos diretores (chefes) e assim por diante.
Para empresas menores, pode ser bastante eficiente, substituindo sem grandes prejuízos qualquer um dos organogramas verticais.
Além disso, este modelo tem a vantagem de eliminar quase completamente, em termos visuais, o aspecto de poder e superioridade reforçados pela distribuição verticalizada.
Matricial
Também chamado de matriz, esse tipo de organograma tem melhor aplicação em projetos específicos e situações em que um funcionário responda a mais de um superior.
Então, novamente, trata-se de um modelo que só será útil se corresponder a situações ou formas de organização que realmente se verifiquem em sua empresa.
Caso isso ocorra, vale destacar que ter um subordinado respondendo a mais de um superior exige bastante sintonia por parte desses superiores!
Do contrário, o subordinado pode receber ordens contraditórias ou ficar sobrecarregado, ou ainda, é possível ocorrerem desentendimentos entre os seus superiores.
Qual é o tipo de organograma mais apropriado para a farmácia
O tipo mais apropriado para a sua farmácia depende sobretudo do modelo de farmácia, a quantidade de cargos e a distribuição das funções entre eles.
Depende também dos aspectos que você quer favorecer com o uso do organograma, por exemplo: se quiser fortalecer relações pessoais, inclua fotografias e dados pessoais.
De todo modo, pode ser interessante optar por modelos que amenizem o caráter de rigidez hierárquica do organograma e enfatizem as relações profissionais e funcionais.
Tal escolha pode impactar positivamente na motivação dos seus funcionários, criando um ambiente de trabalho muito mais envolvente e colaborativo.
O organograma e as relações de trabalho
O organograma (especialmente o vertical) pode eventualmente passar uma imagem equivocada e promover ideias de rigidez e de superioridades até mesmo morais.
Isso é extremamente nocivo no ambiente de trabalho, onde o ideal é trabalhar com inteligência emocional para gerenciar conflitos, com valorização humana dos funcionários.
Qualquer modelo diferente do clássico (vertical) pode facilitar a compreensão de que não existe uma hierarquia de valores humanos, mas apenas uma organização funcional.
Lembre-se: funcionários valorizados e motivados se engajam mais facilmente, tornando-se muito mais produtivos e apresentando resultados melhores.
No caso de funcionários que atendem o público, tornando-se “a cara da empresa” no dia a dia, esse envolvimento e positividade farão toda a diferença!
Conclusão: o organograma de farmácia mais adequado ao seu negócio
Como vimos, o organograma de farmácia mais adequado ao seu negócio depende de vários fatores objetivos e outros de preferência pessoal.
Entre os fatores objetivos que podem orientar a escolha de qual tipo de organograma usar, está o modelo de farmácia que caracteriza o seu negócio.
Afinal, além dos diferentes tamanhos de empresas, existem vários tipos de farmácia, caracterizados sobretudo pelos produtos e serviços que comercializam.
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